Preservando uma alegria inabalável

Trabalhando na área de atendimento ao cliente, encontro todos os tipos de temperamentos em um dia.

Estou sentada atrás de minha mesa; já são quatro da tarde e estou quase terminando o dia - falta apenas uma hora. O dia de hoje passou perfeitamente e tenho certeza que este será o fim de um dia vitorioso e sem estresse. Ser gerente de eventos às vezes pode ser muito estressante - lidar com clientes o dia todo, com cada pequeno detalhe precisando ser planejado, e o sucesso de cada evento caindo sobre você. Mas hoje parecia ter passado como uma brisa.

Um final inesperado

O telefone toca, provavelmente o último cliente a ligar naquele dia. “Vamos fazer deste o final do dia perfeito, convencendo-o a comprar nossos serviços”, penso com entusiasmo. Pego o telefone e atendo com uma voz amigável e acolhedora, mas tudo que ouço na outra linha é um homem gritando e reclamando. Ele não está feliz e está nos culpando por um problema em um evento anterior. Tento ficar o mais calma possível, mas posso sentir minhas emoções se agitando dentro de mim. Ele nem mesmo me dá a chance de falar, o que me irrita mais. Estou ficando mais agitada e quero começar a gritar também. Finalmente, o cliente fica com tanta raiva que desliga.

Pensamentos indignados imediatamente começam a surgir: “Isso foi demais, como alguém pode agir de forma tão agressiva? Ele não tinha educação nenhuma. Quem ele pensa que é? Como ele poderia falar assim comigo? O que eu fiz com ele? ”

Estou me sentindo muito inquieta, é como se estivesse fervendo por dentro. Indo para casa, não consigo nem me concentrar em mais nada. Eu fico pensando sobre o que aquele cliente fez, como ele realmente arruinou meu dia. “Isso é simplesmente inaceitável”, digo a mim mesma. Eu queria ter um grande final para um dia vitorioso, mas aqui estou eu enfrentando a raiva e a irritação que ameaçam se manifestar da minha carne.

Estou me sentindo muito pra baixo. Em casa, me deito na cama e oro: “Querido Deus, você viu o que aconteceu hoje. Por favor, ajude-me para que eu possa vencer essa raiva e todos esses pensamentos que surgem para me vingar. Por favor, ajude-me a ter descanso e paz em meu coração. ”

“E eu morri!”

A manhã seguinte chega e estou de volta ao trabalho, atrás de minha mesa. O cliente que ligou ontem vem entrando neste horário, gritando e reclamando, e eu imediatamente sinto a raiva começando a ferver dentro de mim. Eu não posso deixar isso ser como se fosse ontem! Então, começo a orar em meu coração: “Querido Jesus, ajude-me agora! Chegou a hora, agora você realmente tem que me ajudar a ter calma e a atender esse cliente com alegria ”.

Lembro-me desta expressão de um livro sobre a vida de uma mulher fiel chamada Esther Smith: “E eu morri!” É assim que ela colocou. Ela passou a explicar: “Tornou-se uma revelação pessoal para mim que, em meio às minhas situações como esposa e mãe, a solução para mim estava contida nesta expressão simples: 'E eu morri!' , descontentamento, auto piedade, etc., eu poderia negar a mim mesma e morrer para tudo isso. Isso se tornou uma luz muito clara para mim e me deixou muito feliz. A melhor coisa que eu poderia imaginar naquela época era descansar a cabeça no travesseiro. Então a morte de Cristo se tornou um travesseiro onde eu poderia descansar de tudo que veio da carne - de toda inquietação, ansiedade, etc. Se algo acontecesse, eu poderia pensar assim: 'Oh, que maravilhoso que eu posso chegar ao descanso e morte para tudo isso! '”

E então penso: “Sim! Essa é a resposta, essa é a ajuda que preciso pedir, é o que preciso fazer! ” Eu preciso morrer para mim mesma; Preciso levar esses pensamentos que vêm da raiva, do orgulho, à morte. Devo negar esses pensamentos quando eles surgirem e não dar-lhes espaço para crescer, para que possam realmente morrer. Então, em vez de tentar suprimir meus sentimentos, posso descansar, e a vida de Cristo pode ser revelada em mim. (2 Coríntios 4:10)

Eu penso em Jesus, “o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano, o qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente.” 1 Pedro 2:22-23.

Nego essa sensação de querer responder negativamente ao cliente. Em vez de responder com raiva, escolho ser amigável e gentil com ele. Em seguida, asseguro-lhe que farei o possível para resolver o problema. Ele então se vira e sai.

Ninguém mais pode afetar minha felicidade

Do meu ponto de vista, pode parecer injusto que esse cliente grite comigo. No entanto, independentemente de quais sejam seus motivos, esta situação é apenas uma oportunidade para eu morrer para tudo o que sinto chegando - minha raiva, meu orgulho, meu desejo de gritar de volta e me exaltar. Posso sentir a irritação crescendo em mim sempre que os clientes estão com raiva, mas não há necessidade de eu reagir da mesma maneira. Eu não tenho que deixar meu dia inteiro ser arruinado apenas por causa do que alguém fez ou não fez comigo. As reações e opiniões dos outros nunca devem me deixar triste e abatida. Devo realmente acreditar no que está escrito em Romanos 8:28: “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus”.

“Eu sou o mestre do meu destino: eu sou o capitão da minha alma.” Este é um trecho do poema de Henley que Nelson Mandela costumava ler quando estava na prisão. Ninguém mais pode afetar minha felicidade. Eu mesma decido o que deixo entrar em meu coração. Eu mesma decido estragar meu dia ou torná-lo um dia bem-sucedido, porque o problema não está nos outros; o problema está na minha carne. Então, eu escolho me concentrar em lidar com o que está em minha carne; minha felicidade depende apenas de mim. Eu escolho aproveitar as oportunidades de estar sempre feliz, apesar de como as pessoas ao meu redor são. Eu escolho atender meus clientes independentemente de seu comportamento. Eu escolho ser uma luz para aqueles ao meu redor. Eu escolho a alegria e a felicidade ao longo do meu caminho.

O cliente pode voltar ou ligar novamente. Não posso mudar seu temperamento ou as atitudes de qualquer outro cliente, mas estou no controle de minhas próprias reações. Posso ser legal com eles, independentemente do que digam e façam. O problema reside em mim, na minha carne, e terei vitória sobre tudo o que surgir disso. O mais importante não são as provações ou circunstâncias que enfrento, mas que as uso para alcançar a vida eterna. Esse é meu desejo e meu objetivo. E eu vou em frente.